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Publicações - 14/06/22

Os princípios do ESG e as relações do trabalho

O que é ESG e como isso afeta o universo das relações entre empresa e empregados?

O mundo corporativo tem atualmente falado muito sobre ESG e que este traz um novo olhar para as estruturas das empresas. Mas o que é isso? Environmental, Social and Corporate Governance é um conjunto de mecanismos criados com o objetivo de valorizar pontos, além daqueles que já são usualmente praticados, tais como foco em produtividade e resultados financeiros.

Por meio deste, torna-se ainda mais relevante a questão de responsabilidade social das empresas em questões de meio ambiente, sustentabilidade e boa governança corporativa.

Inicialmente, o foco principal foi a aplicação às empresas listadas na Bolsa de Valores, na tentativa de, havendo um maior engajamento social e ambiental, existir uma maior valorização de suas ações, visto que, tanto consumidores como investidores vêm observando o seu comportamento frente a esses tópicos.

Ocorre que o ESG vem causando interesse a outras companhias, mesmo aquelas não relacionadas à Bolsa de Valores, visto que contribue para uma imagem positiva perante o mercado e, inclusive seus empregados. Por esse motivo, implementar políticas e práticas sustentáveis passou a ser uma tendência de mercado.

Mas o que isso afeta diretamente o universo das relações do trabalho?

Na realidade a entrada do ESG como prática corporativa vem trazendo mudanças sensíveis nessa área, visto que os colaboradores tendem a escolher empresas que, não somente cumprem com a obrigações legais trabalhistas, mas também possuem um comprometimento com relação à responsabilidade social e ambiental relativa ao seu trabalho.

Nesse sentido, torna-se mais atrativa uma empresa que possui políticas internas que priorizam boas condições aos seus colaboradores, seja por meio de planos de carreira que tragam oportunidades reais de crescimento, pacote de benefícios (não somente em valores, mas relacionados à qualidade de vida), existência de um ambiente saudável e de respeito, instrumentos de evitação de discriminação, assédio moral e sexual, favorecimento à diversidade e sustentabilidade na utilização de recursos.

Essa tendência já é bem clara, tanto que vemos diversas empresas que:

  • já aboliram copos de plástico, oferecendo aos seus colaboradores, canecas ou garrafas reutilizáveis,
  • passaram a intensificar treinamentos para evitar qualquer forma de assédio interno,
  • têm trazido como opção o trabalho remoto (parcial ou integral), jornadas flexíveis, folgas em dias específicos.

Quanto ao âmbito judicial, atualmente são inúmeras ações em que não se discute o pagamento de verbas não quitadas, mas sim as relações entre empresa e empregados em si, tais como condutas éticas e sociais não observadas.

Portanto, as questões vinculadas ao ESG já vêm indiretamente sendo inseridas na rotina corporativa, ainda que de forma sutil e esparsa.

Ainda que no Brasil essa tendência ainda esteja em fase embrionária, se verifica em diversos países um enorme engajamento nessa prática, visto os resultados claramente demonstrados com essa mudança de cultura tanto pelo impacto interno (na relação empresa e empregados) e até da imagem de sua marca no mercado.

Diante desse novo cenário, torna-se fundamental que haja atenção para a implementação de práticas relacionadas aos princípios do ESG, dentro da realidade de cada empresa (de acordo com seu porte e estrutura), visto ser uma tendência mundial e que vem se tornando cada vez mais uma prática fundamental no universo empresarial.

 

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