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Publicações - 08/03/23

Desafios para as mulheres no mundo do trabalho

As raízes que trouxeram a comemoração do Dia internacional da Mulher vieram por diversos fatos históricos no início do século XX, onde as mulheres estiveram envolvidas em movimentos em que se discutiram suas condições de trabalho, pois eram submetidas a jornadas extenuantes, discriminadas, preteridas e ainda recebendo valores extremamente menores que homens nas mesmas posições.

O desafio inicial se dava em refletir, em um mundo laboral predominantemente masculino, condições de dignidade e avanços para que se chegasse em uma igualdade de reconhecimento e de direitos.

Vale lembrar que nos períodos da 1ª e 2ª Guerras Mundiais, houve um aumento significativo na força de produção feminina vez que os homens eram convocados para as frentes de batalhas, reduzindo assim a quantidade de trabalhadores ativos nas empresas e aumentando proporcionalmente a quantidade de mulheres em seus lugares.

Em 1975 foi instituído oficialmente o Dia Internacional da Mulher e passados quase 50 anos desse marco, ainda existem diversos pontos que permanecem como objeto de debates e reivindicações para que haja uma paridade no tratamento do trabalho das mulheres em relação àquele realizado por homens.

Por exemplo, questões sobre a proteção à maternidade, garantido pela CLT e legislação previdenciária, ainda trazem o estigma para algumas empresas de que as mulheres deveriam receber menos pelo simples fato de poderem engravidar (e terem que se afastar pela licença maternidade).

Empregadas mulheres também sofrem uma maior exposição ao assédio moral, envolvendo seu gênero para legitimar comentários de cunho pejorativo e constrangedor sobre o desenvolvimento dos trabalhos ou questões emocionais. No mesmo sentido, a maioria de ocorrências de assédios sexuais ainda são de homens contra mulheres, principalmente entre gestores e subordinadas, se aproveitando do poder para exercer formas de coação e pressão, na tentativa de que cedam às suas investidas.

Somado a todas essas questões, há hoje uma modalidade cada vez mais comum no ambiente corporativo e que afeta, naturalmente, cada vez mais mulheres: o burnout burnout. Doença emocional, ligada ao esgotamento por excesso de trabalho, vem sendo cada vez mais foco nas empresas, geralmente decorrente de cobrança maior às empregadas que entendem necessário ter maior produtividade do que os empregados, para assim provarem sua competência e merecimento do cargo que ocupam.

Em resumo, dupla jornada, cuidar da carreira e da família, ser ainda em muitos ambientes laborais considerada como sexo frágil ou incapaz de ocupar cargos estratégicos (ou de níveis maiores), ter salários menores, as mulheres do século XXI se deparam com desafios que já foram superados no decorrer dos anos e outros que ainda entram em agendas de debates de modo que se alcance, em algum momento, a equiparação de condições de trabalho entre homens e mulheres.

O mês de março nos convida, ainda que indiretamente, a refletir sobre estes temas, a avaliar as condutas aplicadas nas empresas, nas casas, na sociedade … e o Duarte Tonetti Advogados, sempre atento aos assuntos impactantes para seus clientes, seja na esfera jurídica, economica ou social, através da equipe trabalhista neste mês vem destacando em seus artigos estes assuntos, convidando a conhecer e a atuar nestas questões ainda nebulosa para algumas corporações/pessoas.

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